quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Avó em Primeiro Grau

Pen Pal
Do quintal à Internet
Soaroir Nov/24/2010






Bons tempos quando a casa da vovó era a nossa referência maior de família, aprendizagens no quintal e no jardim, suponho já que eu só conheci a avó Ludmila, mãe do meu pai, mas por isso e aquilo tivemos pouca convivência e as vezes que nos encontrávamos eu era apenas mais uma entre a renca de netos à sua volta, indiferença que me deixava muito triste.

No geral as avós, ao menos as latinas, são pau para toda obra. Em contrapartida se metem em tudo. Por exemplo, a minha mãe em relação aos meus filhos que acabaram com nomes compostos por influência dela.

Pode ser muito divertido, mas dar nome a uma criança não é tarefa fácil. Sempre relacionamos um nome a pessoas que conhecemos algum dia, admiramos ou não.

“Este é nome de escravo”, ouvi de minha mãe ao escolher o nome do meu primogênito. Para agradá-la o nome escolhido ficou sendo o segundo. No caso do meu segundo filho ela já foi dizendo que o nome escolhido não combinaria com o sobrenome que soava feminino e que tampouco havia ritmo naquela combinação. E novamente o nome escolhido por mim passou a ser o segundo. Hoje acho que eles têm nomes perfeitos para cada um deles.

Por sorte do meu filho e da minha nora, meu primeiro neto nascerá no Reino Unido, mas já andei enviando meus pitacos em relação ao nome. A princípio sugeri Matthew, mas logo descartei, pois poderia ser motivo de “bullying” em português. Ai eu sugeri Theodor e juntei, via e-mail, um estudo numerológico e o significado do nome. Nem me responderam.... o que reitera a sabedoria milenar: não devemos interferir com a forma como os pais escolhem para lidar com seus filhos e ainda, conselho só quando nos for solicitado.

Mas ainda acho que, considerando que meu primeiro neto nascerá na terra da rainha Elizabeth, cairia bem ele ter o nome do pai acrescido de II...


Enquanto espero para ficarmos cara a cara, fico pensando como será juntar a objetividade britânica com as crenças brasileiras.


~ isto é só um breve rascunho ~



Publicado em: Avós & Netos
http://avos-e-netos.blogspot.com/2010/11/avo-em-primeiro-grau.html


First-Time Grandma

Avó em Primeiro Grau
(Grandmother in the First Degree)
(free translation)
By Soaroir



Pen Pal
From Backyard  till Internet

Soaroir Nov/24/2010


 


Good old days when Granma's house was our major reference for family and  learnings on the yard and on the garden, I guess, since I only knew granma Ludmila, my father's mother who, for this and that, I had little interaction with and the few times we met, I was just one grandchild among a bunch around her, indifference that made me very sad.
 
Usually grandparents, at least the Latin ones, are jacks-of-all trades. However, they meddle into everything, for example my mother: because of her both my boys ended with compound names..
 
Although it can be very fun, namig a child is no easy task. We always relate a name to someone... who we might know or not.
 
While choosing my firstborn´s  name Mom said: "This is a slave's name". To please her, the chosen name became his second one. As of my second child, she kept saying that the name chosen didn't match the last name, neither had good rhythm. Now, I can´t imagine them with another name.

Luckily for my son and daughter-in-law, my first grandchild will be born in the UK… But I haven´t given up on sending my two cents regarding the name-picking. Matthew was the first suggestion, immediately declined as could be a reason for “bullying” in Brazil. Then Theodor came up, and I sent it, by e-mail, together a complete numerological map for the name.

They did not even reply… which reaffirms the ancient wisdom: we must not interfere with how parents choose to deal with their children and counsel only when we are prompted.

But I kept thinking. Considering my first grandchild will be born on the land of Queen Elizabeth, makes sense if he would´ve his father's name plus a II

While waiting to be face-to-face with him I wonder how will be joining the British objectivity with my Brazilian beliefs...

Free translation 
By Soaroir

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sakineh não existe mais como pessoa

a continuação desta matéria está no "comentários" em:
 http://pote-de-poesias.blogspot.com/2010/11/ate-onde-se-deve-interferir-na-casa-do.html

para o seguinte texto:




Na minha opinião cada país é uma casa distinta e seus habitantes seguem os regulamentos instituídos pelo chefe da família, para que a ordem e os bons costumes prevaleçam desde que os direitos do individuo, de acordo com a "Declaração Universal dos Direitos Humanos/ONU", não sejam desrespeitados.
Eu e provavelmente grande parte da população pouco sabemos sobre o Irã, tampouco sobre seus costumes, mas sabemos que a Vida é o bem mais precioso em qualquer parte do Planeta e deve ser respeitada.
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
Que a sábia mão de Deus conduza este momento. 
Soaroir de Campos
São Paulo – Brasil
Novembro 3/2010