domingo, 6 de dezembro de 2015

Perdoadas, não esquecidas

Peso das palavras em uma Pátria Educadora
Primeiro RASCUNHO
Soaroir
06/12/2015



Senhor, perdoe porque eles não sabem o que dizem. Só que uma hora a reserva que havia no saco de virtudes se esvazia e a gente ou se torna professor, se tiver dom, ou convive com o meio o estritamente necessário. Caso contrário, se vai assumindo culpas alheias, se encurvando, até a cabeça encontrar os joelhos.
Estritamente, por exemplo : “é estritamente proibido pisar à grama” . embora sinônimos, aos ouvidos pesa menos do que “é expressamente proibido”. 
O não parar e pensar no significado e peso das palavras antes de usá-las, na maioria das vezes por ignorar seu real significado, em outras propositalmente para atingir um objetivo, geralmente maledicente, um “escrevinhador” emporcalha a comunicação.  Mesmo em seu próprio idioma A reação do  menos esclarecido interlocutor/leitor surpreende o ‘escrivinhador’. Daí o ‘ofendido’ maquiavelicamente é transformado em vítima. Por exemplo o “expressamente proibido”, não serve  apenas pra botar medo, uma espécie de “você não sabe com quem irá mexer se desobedecer minha ordem”. É uma palavra forte, grande, difícil, que dá um agravante à monotonia da simples proibição. Uma maneira grosseira e não criativa de assustar pessoas e evitar que o jeitinho brasileiro transgrida outro um mero pedido de colaboração. O que seria bem polido quando lançado em um “convite” de confraternização rezando as seguintes REGRAS: É expressamente proibido sair fora do recinto;- falar palavrão – gritar - exceder na bebida e fumar. Seguir cronograma do cardápio. Claramente admite estarem sendo convidadas pessoas insubordinadas, grosseiras e obscenas e não conhecedora das Boas Maneiras ditadas por uma sociedade saudável.
Tirando o último resquício de benevolência do meu saco de virtudes, imploro... Para esta Pátria Educadora...São Paulo empresta-me tuas sandálias. Para que nossa vida e missão sejam uma luz no mundo globalizado tão necessitado de verdades, justiça e amor. São Paulo, empresta-me tuas sandálias.(sic)