sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O Saco


O Saco
By Soaroir 20/1/12


A partir do próximo dia 25 não poderemos mais "aproveitei e passei no supermercado". A não ser que se carregue uma mochila e ou similar.

Na década de 70 morei nos Estados Unidos e jamais vi usarem sacolas plásticas. Mesmo nos filmes só se vê usarem sacos de papel pardo para carregar as compras. Agora me pergunto: por que por aqui não substituem o plástico pelo papel e sem ônus para o cliente que já paga um montão, além de impostos.

E o cocô do cachorro, como recolhê-lo? E o lixo caseiro não reciclável? Largamos para que sejam compostáveis... ou todos receberão um triturador doméstico?

Espero ainda alcançar a volta às ferrovias!

Rascunho - continuo + tarde...




O Saco de Papel na história
(sic) Os sacos são provavelmente tão antigos quanto a necessidade do ser humano de transportar objetos. Entretanto, por serem produzidos com materiais pouco duráveis quase não são relatados pelos arqueólogos. As primeiras referencias encontradas, sacos em couro para carregar dinheiro, remontam a 2000 a.c. na ilha de Creta. O uso dos sacos só foi difundindo a partir de 1700 com a revolução industrial, mas foi com a invenção da máquina de costura que seu uso se propagou mais rapidamente, já que inicialmente eram produzidos em juta ou algodão. O papel já existia nesta época. Por ser caro e de difícil produção tinha seu uso quase que restrito à impressão de publicações. A partir de 1803 a utilização comercial passou a ser viabilizada com a produção do papel em bobinas, o que permitia menores preços e maiores quantidades. A primeira patente de uma máquina para a produção de sacos é de 1852 e pertence ao americano Francis Wolle, ela já incorporava muito dos princípios das máquinas atuais. A grande dificuldade de cortar, formar e colar os fundos dos sacos foi resolvida por uma mulher. Margareth Knigth que, em 1870, patenteou uma máquina que executava estas funções de forma automática.

(...) http://www.sacodepapel.org.br/sacodepapel.htm#

domingo, 1 de janeiro de 2012

Invocando o Louco

Invoco o Louco©Soaroir

Eu, pouco, muito pouco faria se tivesse quatro mãos, se fosse o único humano a tê-las; me tornaria handicapped, deficiente, aleijão, matéria de pesquisa, atração. Idem se não agir como todo mundo. Mas agora basta de amar outros amores, mandar flores para os defuntos, chorar sobre sepulturas alheias. Estou enterrando meus próprios mortos, mudando da tradição a mania. Rasgo aqui minhas listas de promessas e esperas. Vou me amar de verdade; parar de fingir, que acredito, que família é tudo igual, que virtual é real e que poesia é estética; de pensar e agir como papagaio; largo o bando de seriemas e piaçocas e paro de revolver ciscos, catar insetos, engolir sapos. Cansei de avoar em bando. Desço para o meu posto e assumo que não me apraz ouvir bordões, citações de famosos morridos e matados, frases feitas e aplaudir a escassez de originalidade.
Por tudo isso é que às vezes me grito quando me indagam como me chamo. Sou tanto largado entre a maioria dos que me chamam de muitos nomes ao mesmo tempo! Mas eu me creio e por isso agora eu me chamo para esvaziar a lixeira, e o resto da caixa de entrada marcar como spam.
Basta de Ctrl C e V, filosofar, rimar meus versos com outras rimas. Pode até ser besteira, mas se troco o café, o açúcar, a cachaça e o cigarro por ansiolítico medicamentoso, como fica meu estado de alerta contra a ignorância de tudo e todos?
Importava-me com tudo e todos apesar da ignorância deles. Agora é tarde. De acordo com o CID-10 possuo F33.2, direito adquirido de invocar o louco.
©Soaroir
01/01/2012