Abaixo a Subestimação
Adoro a Jovem Pan. Fico ligada nela a semana inteira.
Produto interno bruto; manufaturados da China; mais barato; comendo nossos empregos. Na minha ignorância, não entendo. Por que promover incentivos aos estrangeiros que, provavelmente, fecharão nossos postos de trabalho, com desvantagens fiscais para o governo. Repito: Na minha ignorância, não entendo.
Tenho 64, mas meus filhos, 34/21, certamente concordam comigo. Embora jamais dariam a cara para bater, diferentemente de mim, que já virei "Scarface" por dizer tudo o que quis.
Por exemplo: Tenho um rádio velho, e se mudo de estação, é um inferno para voltar à Jovem Pan. De suas músicas e similares até eu, entendida no idioma inglês, pouco ou nada entendo além de "To do, oh, to do, oh to do", e tudo mais com a mesma batida. As far as I am concerned, isso tem um motivo. Ou o jabá é bom, ou não sobrou mais ninguém para apagar a luz.
Tirando "Don't touch that dial", voz firme e bonita afora os jornais, brilhantemente apresentados, o resto do dia, assim como as tiradas do Homem-Cueca, que são umas boas sequências de non-sense, o que sobra? A gente fica torcendo para algum desastre, infelizmente, para que a nata da emissora volte a falar com a gente.
Enquanto rascunhava isso, surgiu o "Seu Jorge". Parece que até ouviram meus pensamentos. Por quanto tempo. Por quanto…
Mas depois voltou "Let's do it, let's do it", em troca de ingressos para um show de não sei de quem.
O que salva são os entremeios. Imediatamente já entra "Oh baby, hum, oh baby", e eu desisto.
Se estou doida? Confesso que degustei algumas holandesas, mas ainda estou legal.
Aí, eu ligo a TV, e a subestimação vai além da imaginação.
O problema é que amanhã ainda é domingo.
Soaroir Maria de Campos
3-set-11
Versão de improviso e sem revisão no Reclame Aqui:
http://www.reclameaqui.com.br/1651075/radio-jovem-pan-am/abaixo-a-subestimacao/
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