5/4/12
O medíocre é assim tratado pela vida
inteira e quando conveniente abraçado por todos que sobre ele se sobressaem. O
vitorioso é endeusado pelas benesses e inserções que possa beneficiar seus
pares. Mas o notável, sem posição social
e financeira, não. Este que em detrimento de posses e a duras penas investe no
intelecto para sair da vala comum, esse vive nas margens, no ostracismo. Só é
digno de atenção para escárnio, torna-se vítima fácil do menosprezo e desacatos;
acaba perdendo a autoestima e se isolando em sua angústia; nada divide, pois lhe
calam a boca na primeira tentativa.
Como ninguém sabe tudo sobre qualquer
coisa, até entendo que o soberbo se evada de assuntos que não domine, mas que se
quer ouça o que o outro tem a dizer não entendo.
A menos que seja “chic” ouvir palestras de
fulano, pronunciamento de sicrano, estamos destinados a nos confederar; aceitar
viver nos novos guetos que a evolução da sociedade moderna desenvolveu?
Na nossa sociedade se propaga que a classe
X agora atingiu a classe Y, no entanto pouco ou nada além de posses foi
absorvido. Não levaram o manual de boas maneiras e etiqueta. Não levaram a
cortesia nem a discrição. Continuam mascando goma enquanto conversam, gritando
nos celulares, largando seus cuspes, guimbas e fezes de seus cães em qualquer
lugar.
Vivemos em manadas onde pertencer é
preciso, à parte é isolamento, mas o silêncio é prejudicial à sociedade.
(breve rascunho)
imagem/google
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