Orgulho e Preconceito
Soaroir Maria de Campos
11/05/07
Orgulho e preconceito aqui não trata da obra de Jane Austen publicada, se não me engano, em 1813, embora o “miolo” deste texto possa facilmente descambar para o assunto tratado naquele romance e termos como pano de fundo os julgamentos que fazemos baseados somente nas primeiras impressões que, no meu ponto de vista, raramente mudam com o tempo. Tentarei me ater à fragilidade do ser humano diante de atitudes impensadas e fatos inadequadamente interpretados que podem alterar a vida de um desavisado ser humano para sempre.
Hoje ensinam que motivo de orgulho é ter um diploma universitário, ser profissional respeitado, ser honesto, orgulhar-se da raça, não ser preconceituoso, ter casa própria, carro do ano e muitas outras molduras para se enquadrar como reconhecido cidadão de bem. Ainda, jogar futebol ou se virar e se tornar um ídolo pré-fabricado é a outra opção. Se nenhum destes itens constarem de seu curriculum, ou pelo menos não nesta ordem, você é parte de Os SCA – sem coisa alguma.
Tente entrar em qualquer loja da Oscar Freire sem estar devidamente uniformizada de importante, bem aparatada aos olhos treinados daqueles “famosos” vendedores e seguranças.
Em um dezembro desses, esbaforida para não perder o vôo para Londres, corria sob o sol de nosso verão para encontrar um tipo determinado de sapato que combinasse com um vestido longo e vermelho que eu usaria em uma importante recepção no inverno de Cambridge. Depois de várias tentativas lá estava eu arquivada fora de ordem quando uma importante pessoa, falando em um intercomunicador me perguntou o que eu estava procurando. Encrenca, pensei, e daí para frente eu fui olhada como se alguma coisa estivesse me faltando.
Acabei comprando o sapato em Londres mesmo, com deferências, etiqueta de "made in Brazil", mas nenhum desprezo pelo meu estilo desgrenhado. Foi uma excelente experiência na minha própria pele branca. Descobrir o esconderijo onde um preconceito pode remeter o nosso orgulho é assustador!
Este assunto pode e deve continuar em outros capítulos..., especialmente quando eu souber me ater a um "ENSAIO"
Soaroir Maria de Campos
11/05/07
11/05/07
Orgulho e preconceito aqui não trata da obra de Jane Austen publicada, se não me engano, em 1813, embora o “miolo” deste texto possa facilmente descambar para o assunto tratado naquele romance e termos como pano de fundo os julgamentos que fazemos baseados somente nas primeiras impressões que, no meu ponto de vista, raramente mudam com o tempo. Tentarei me ater à fragilidade do ser humano diante de atitudes impensadas e fatos inadequadamente interpretados que podem alterar a vida de um desavisado ser humano para sempre.
Hoje ensinam que motivo de orgulho é ter um diploma universitário, ser profissional respeitado, ser honesto, orgulhar-se da raça, não ser preconceituoso, ter casa própria, carro do ano e muitas outras molduras para se enquadrar como reconhecido cidadão de bem. Ainda, jogar futebol ou se virar e se tornar um ídolo pré-fabricado é a outra opção. Se nenhum destes itens constarem de seu curriculum, ou pelo menos não nesta ordem, você é parte de Os SCA – sem coisa alguma.
Tente entrar em qualquer loja da Oscar Freire sem estar devidamente uniformizada de importante, bem aparatada aos olhos treinados daqueles “famosos” vendedores e seguranças.
Em um dezembro desses, esbaforida para não perder o vôo para Londres, corria sob o sol de nosso verão para encontrar um tipo determinado de sapato que combinasse com um vestido longo e vermelho que eu usaria em uma importante recepção no inverno de Cambridge. Depois de várias tentativas lá estava eu arquivada fora de ordem quando uma importante pessoa, falando em um intercomunicador me perguntou o que eu estava procurando. Encrenca, pensei, e daí para frente eu fui olhada como se alguma coisa estivesse me faltando.
Acabei comprando o sapato em Londres mesmo, com deferências, etiqueta de "made in Brazil", mas nenhum desprezo pelo meu estilo desgrenhado. Foi uma excelente experiência na minha própria pele branca. Descobrir o esconderijo onde um preconceito pode remeter o nosso orgulho é assustador!
Este assunto pode e deve continuar em outros capítulos..., especialmente quando eu souber me ater a um "ENSAIO"
Soaroir Maria de Campos
11/05/07
Mote: “Cortinas que cegam a humanidade”
http://www.recantodasletras.com.br/forum/index.php?topic=1889.0
Soaroir
em 11/05/2007
Código do texto RL: T483356
Nenhum comentário:
Postar um comentário