sábado, 22 de outubro de 2011

A Mulher de Lata
Copyright Soaroir


imagem/GildoCarvalho

O cachorro me acordou as cinco. Providencial já que coincide com a hora que devo engolir “ciprofloxacino” para combater um ataque de mau imunodepressor,entre outros, segundo o Google, porque remédio da rede publica não vem com bula e as informações impressas no verso da cartela metálica não se consegue ler, o que de certa forma é uma benção. A última bula que li trazia 1% de indicação e 99% de possíveis efeitos colaterais.

Não dá para voltar para a cama embora estejamos no horário de Verão fato que o cachorro desconhece e insiste em querer descer, mas eu ainda que toscanejando aproveito o silêncio para dar ouvidos ao que repentinamente, como vazamento de um dique, goteja pelas brechas do meu inconsciente enchendo minha moringa e então me rendo a análise das injúrias, das injustiças e das maldades que me intoxicaram juntamente com a tentativa de esquecê-las; me debilitaram ao me acumpliciar com elas quando outorguei perdão sem nada assinar.

(sic) Esquecer ofensas depende da nossa memória.

Continuo mais tarde.

Acabo de me lembrar que preciso descer com o cachorro que não conhece a maldade , perdoa, mas jamais esquece os maus tratos.

Vamos Chuko, vamos mijar no mundo...

Sem revisão 22/10/11

Um comentário:

Jorge Sader Filho disse...

Seja devidamente cumprida a vontade de Rosário e seu cão amigo.
Abraço, querida Soaroir.